quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Prostituição iluminada


Numa cidade de Espanha, mais concretamente em Els Alamus, na Catalunha, foi decretada a obrigatoriedade de as prostitutas usarem coletes reflectores enquanto estão a procurar clientes pelas estradas.
Creio que facilmente as prostitutas acatarão esta medida, visto que a coima aplicada sobre a infracção de não usar colete é de 40 euros. E assim sendo, se por exemplo, ao fim de duas horas de trabalho fossem multadas, é como se estivessem estado a trabalhar para aquecer…literalmente.

Por outro lado, além da questão da segurança rodoviária e dada a crise que atravessamos, esta medida parece-me bastante pertinente nos dias que correm. Com o uso dos coletes reflectores passará a ser possível reduzir os custos de iluminação nas fachadas dos bordéis e cortar no consumo de néon. Sugiro que a próxima medida a tomar seja a obrigatoriedade do uso de tendas Quechua para a prática da “prostituição rodoviária”. Poupa-se o dinheiro gasto em quartos de motel e ainda se poupa em tempo, visto que a tenda se monta em 2 segundos.

No entanto, estas senhoras de cama incerta têm de avaliar bem a balança económica da sua actividade. Evidentemente, uma multa é uma falha orçamental considerável mas há outro factor a ter em conta - a atracção despertada no cliente. Ora, uma prostituta de berma de estrada não é atraente, se fosse, seria uma acompanhante de luxo ou melhor, casaria com um velho extremamente rico e deixaria a prostituição. Quer dizer, não deixaria, passava era a ter apenas um cliente. Seja como for, se por si só este tipo de profissionais do sexo não é atraente, provavelmente compensa mais pagar a multa do que perder uma série de clientes por ser confundida com um ciclista nocturno. Ou então ganhava novos clientes, já nem sei.


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