terça-feira, 3 de maio de 2011

O insulto político.

Gosto quando os políticos se insultam. Dá gosto! Toda aquela angústia, aquela raiva e parvoíce enroladas numa folhinha de pretensa boa educação e elegância. Nada hipócrita. Nada. Se morassem num qualquer bairro social,  era palavrões ao desbarato, mas não, eles são finos. Tão finos que nem se insultam directamente, usam a comunicação social, o facebook, post-it colados com pastilha às cadeiras do parlamento e até há quem use aqueles aviões que passam na praia durante o Verão. Uma vez na praia, vi num avião "Hoje há Festa da Espuma e da Javardice na Kadoc e Foleiro é o senhor!". Hm, agora já não sei se foi num avião ou no facebook do Cavaco. Não interessa.
Devo confessar que, na última troca de piropos pública entre José Lello e Nogueira Leite, gostei da originalidade de alguns dos insultos. "Ciber-nabo" e "abifar uns tachos" foram os meus preferidos. Como seria a fusão dos dois? Ciber-tacho? Abifa-me o...não sei, são hipóteses. Ainda assim, acho que está na altura de evoluir um pouco, meus senhores. Vejamos a seguinte troca de argumentos coerentes e fundamentados que eu sugiro que passem a ser usados:

- Não seja retrógrado! O seu pensamento é mais lento que a justiça portuguesa!
- Deixe estar que se a sua cara fosse a Conselho de Estado era vetada por unanimidade!
- A mim admira-me é que ninguém tenha proposto uma moção de censura à sua mãe quando ela estava grávida de si! 
- Não diga disparates! A sua mãe é que presta serviços à hora e não passa recibos verdes!

E por aí fora. Continuem a não ser nada hipócritas, como até agora, mas vamos lá a inovar um pouco e a ser mais acutilantes! Espero que usem as minhas sugestões.


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