sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Festas “Sunset”, a praga deste Verão

Tem havido mais “sunsets” por metro quadrado do que mosquitos na Armação de Pêra.

Há uma “sunset party” em todo o lado, todos os dias e até mesmo a qualquer hora, nem tem de ser necessariamente ao fim do dia. Por isso, nem tem a ver com a hora da festa, deve ser só mesmo porque o nome está na moda.

É na praia, nos hotéis, nos bares… Podiam ao menos variar e fazer em sítios mais originais, como num talho ou numa igreja. Era só pôr lá um DJ e ficava tudo a curtir a olhar para as bifanas e orelhas de porco, ou a dançar como se não houvesse amanhã com o menino Jesus e a Nossa Senhora enquanto se bebia sangue de cristo e se petiscava umas hóstias.

É que, de resto, as festas são sempre iguais, com DJs melhores ou mais manhosos.
Então se for na praia, está tudo cheio de pele à mostra, com as hormonas a borbulhar e a tentar roçar-se uns nos outros numa tentativa de contacto sexual mas que acaba por ser nojento porque já está tudo a suar que nem javalis a fazer jogging.

As festas na praia são especialmente chatas porque quem não quer estar na festa é obrigado a estar à mesma. A música passa tão alto que qualquer pessoa que esteja na praia tem que levar com aquilo à força. E se o DJ for manhoso então, só vai passar aquelas brasileiradas tão bimbas quanto a família Malhoa toda junta e muita gente vai a correr para o mar na esperança de morrer afogado. É triste.

No fundo, chama-se “sunset party” ao acto de nos começarmos a embebedar à tarde e tentar conhecer alguém com quem praticar o coito ainda antes do jantar, só que com um nome com suposto mais glamour. É só uma desculpa para fazer o mesmo de sempre, mas com mais pinta. E a ideia nem é má de todo, vista desta forma.


Boas “sunset parties” para os que gostam, e boa sorte a fugir delas para os que não as suportam.

Sem comentários:

Enviar um comentário