segunda-feira, 25 de julho de 2011

Não tem mais pequeno?

Nas lojas, nos cafés, nos restaurantes, nas casas de alterne, nos subornos, na compra de cocaína (pó de talco) a um cigano no Rossio, nas máquinas de pagamento automático dos parques de estacionamento, em todo o lado. A pergunta ecoa insistentemente e quem a reproduz parece já nem ter controlo sobre si próprio. "Não tem mais pequeno?". É pá, mas quando é que param de perguntar isto? Acham que tenho algum prazer em pagar um café com uma nota de 300.000€ e receber o troco todo em moedas de 2 cêntimos? Se tivesse mais pequeno, dava logo! Peço imensa desculpa se estou a fazer com que vocês tenham que ligar o cérebro e fazer uma complicadíssima operação de subtração para que me consigam dar o troco certo. "Não, não tenho mais pequeno", respondo e, muitas vezes, analisando a cara do inquisidor, vejo que acabei de arruinar o dia a alguém. Obriguei um ser humano a fazer "10€ - 5,20€", oh! o fim do mundo!
Por favor, parem de perguntar isso. A sério.


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