sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Miguel Graça Moura, o maestro safado.

O maestro Miguel Graça Moura foi condenado a cinco anos de prisão. Ao que parece, gastou milhares de euros (que não eram dele, claro) em lingerie, charutos, jóias, viagens, entre outros.

Fui aluno da Orquestra Metropolitana de Lisboa quando ele era o director. Ou seja, eu pagava para estudar música e para o Graça Moura andar a laurear a batuta.
Realmente, às vezes via-o a dar concertos vestido só com uma tanguinha tigresse, com um charuto na boca e de mão dada com uma prostituta, mas nunca pensei estar a contribuir para aquilo.
De qualquer forma, não me importo, até porque o meu pai também é maestro. Só que costuma dar concertos vestido e sem roubar dinheiro aos outros. Já lhe disse que está a ser pouco ousado.

Acho que a condenação é injusta, face a outros casos. Afinal, todos os maestros são excêntricos e fazem disparates. O Graça Moura fez isto, ok. Mas o meu pai deixou que eu nascesse e não lhe aconteceu nada. Pior, o Vitorino de Almeida fez um programa com a Bárbara Guimarãres e não foi acusado de coisa nenhuma. Isto sim é escandaloso e ninguém fala disso.

O maestro Graça Moura está revoltado e disse "Assumi os gastos todos. De facto, não se leva maestros a tascas nem se hospedam em pensões". É pá, mas como é óbvio! Nas tascas e nas pensões também há vinho e prostitutas a quem dar lingerie, mas já que o dinheiro é dos outros gasta-se à grande.

Afinal, a batuta do maestro pauta-se por ser (uma) mínima e, ao tentar tapar isso com o luxo, vai acabar por fazer um compasso de espera da prisão, e lá não vai ser o sol.


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