Ou o pânico das galinhas num centro comercial.
Hoje, dia 23, fui comprar as prendas de Natal para a família toda. Estou orgulhoso de mim próprio porque costumo ir só a 24. Estou mesmo crescido.
Para além da azáfama natalícia, não pára de chover. Lisboa está caótica.
No caminho para o Colombo (sim, não tem o charme do Chiado mas, stress por stress, prefiro não levar com chuva na tromba), passo numa rua que está cheia de trânsito. Porquê? Porque um senhor resolveu estacionar em segunda fila...em vez de num lugar de estacionamento que estava 2 (DOIS!) metros atrás. A sério, onde é que este gajo tirou o curso de atrasado mental?
Adiante. Claro que havia mais pessoas no Colombo do que na Rússia inteira. E no parque de estacionamento, parece que toda a gente consegue arranjar lugar primeiro do que eu, o que me faz insultar todas essas pessoas à bruta. Mas atenção que só uso insultos natalícios tipo "seu elfo mal parido!" ou "vai mas é fazer sexo anal com o Rodolfo, a rena de nariz vermelho!". É uma maneira muito própria que eu tenho de celebrar o Natal.
Com a falta de tempo, o melhor é arranjar uma loja onde dê para despachar a maioria das prendas. Vai tudo corrido a livros, e poucos mais, da Fnac. Mas atenção, não é fácil escolher um livro para a minha mãe que eu depois também queira ler (quem nunca fez isto que atire o primeiro bolo-rei).
Na fila para pagar, está uma senhora volumosa que cheira mal que dói. Minha senhora, se tem dinheiro para comprar cenas, também tem dinheiro para pagar a conta da água. Veja lá isso. É com esse volume e esse cheiro ainda a confundem com um contentor do lixo.
Parei para comer qualquer coisa. Ao meu lado, uma senhora alimenta o filho de 2 anos com filetes fritos e batatas fritas. Alguém lhe explique que a criança não é um peru que precisa de engordar para ir ao forno dia 25!
Faltam prendas. Andei às voltas pelo Colombo sem saber o que fazer à minha vida, mais perdido que o Robison Crusoe. Quando estou quase a ter uma ideia, passa uma miúda muita gira ou um ser altamente estapafúrdio. Perco o foco. Caos. Tudo desfocado. Vou morrer! Vá, estou a exagerar, mas é um pouco isto.
Resultado: voltei à Fnac e comprei mais coisas. 'Tá feito.
Metade do dinheiro que ganhei neste mês já foi ao ar. Mas a família vai gostar, por isso, vai valer a pena.
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