Foi na noite deste último domingo. Reduzi a actividade cerebral quase a um estado de coma induzido (mais que isso era perigoso, já era entrar no mesmo estado das pessoas que estava prestes a observar), pelo sim pelo não, pus dois preservativos, vesti um escanfandro e mudei para a TVI. Durante mais de meia hora consegui não mudar de canal e observar aquela jaula da mediocridade humana. Sim, sinto-me mais corajoso que o João Garcia a subir o Evareste ou o Alberto João Jardim a dizer que o ocultou o buraco financeiro da madeira em "legítima defesa". A verdade é que não tirei grandes conclusões desta experiência a que me submeti. De qualquer forma, percebi que o que sobra em silicone, falta em língua portuguesa. No entanto, gosto da criatividade dos nomes dos concorrentes. Delphine? Fanny? Se algum dia der um nome destes a um animal doméstico, podem acusar-me de crueldade animal. Admiro-me que não haja ninguém que se chame Hello Kitty.
Do pouco tempo que estive a ver a Casa dos Degredos, pude também constantar que o Q.I. daquela gente toda junta é inferior ao de um porco com Alzheimer. É avassalador, é constrangedor. Mamas gigantes, cabelos pintados e ridículos, agressões violentas à gramática, violações ao bom gosto e ofensas à inteligência. Disto há muito, interesse há nenhum.
Enfim, é o esplendor da mediocridade humana e, em Portugal, vende melhor que pãezinhos quentes (o pão está caro, também é por isso).
Até fazerem uma Casa dos Degredos com a participação do Alberto João Jardim, não me apanham a ver tal programa outra vez.