Como
é sabido, a EMEL é uma porreiraça que está sempre preocupada com o bem
estar dos lisboetas e o respectivo ordenamento do caos na sua cidade. Aliás, se
não fosse a EMEL até era possível que se avançasse para a profissionalização
dos caroxos que arrumam carros. Graças a esta entidade, que reúne um enorme
carinho por parte de todos, é que Lisboa ainda é suportável para se viver.
Dá gosto ir a qualquer lado lanchar por 5€ euros e pagar 10€ de estacionamento.
Aliás, eu regozijo quando pago parquímetro e a máquina (tão querida!) tem um
autocolante da empresa que diz "Parabéns (...)". Aquece-me a alma!
Depois
de a EMEL ter decidido portajar (0,40€) um dos acessos ao Cais do Sodré, a
empresa decidiu agora lançar o Empatómetro. Esta máquina, já implantada por
toda a Lisboa, servirá para cobrar aos transeuntes que permaneçam sossegados no
mesmo sítio mais de 5 segundos, mesmo que estejam numa esplanada a beber café,
taxas tão humildes quanto as aplicadas aos carros. Com esta medida, a EMEL
pretende não permitir que os palermas que não estão a ser úteis para a
sociedade, nem que seja por estarem a atar o atacador, contribuam mais um pouco
para o desenvolvimento de Lisboa (e para a EMEL, porque os senhores que lá
trabalham não têm borlas no estacionamento e precisam de dinheiro para o
pagar).
Se
não fosse a EMEL, seria praticamente o fim de Lisboa. Havia de se ver tudo mal
estacionado, desde camelos a navios de carga.
Obrigado
salvadora EMEL, um grande bem haja!