terça-feira, 13 de agosto de 2013

Fui ao Meo Sudoeste despedir-me daquilo para sempre

A última vez que tinha ido foi há dois anos (e foi a sétima vez) e quando de lá fui embora disse que era a última. E foi, pelo menos a pagar. Só que desta vez ofereceram-me um convite, o pessoal fez pressão para eu ir e eu cedi, porque sou mais fácil que aquela miúda mesmo feia que fica na discoteca até à última, ainda com esperança de ser engatada.

Parece que no ano passado aquilo foi um descalabro e até um rapaz foi violado. Foi mais nessa onda que eu lá fui, estive sempre à espera que duas modelos da Victoria’s Secret me enfiassem numa tenda e me violassem à bruta ao mesmo tempo. Mas nada. O que me deixa mais triste é que até se notava disponibilidade no ar. Umas miúdas estavam a discutir a probabilidade de serem violadas ali no Sudoeste e diz uma delas (e juro que é verdade): “A mim não me vai acontecer de certeza porque para ser violada era preciso dizer que não.” Pumba! Vai buscar! Eu ainda estive para dizer à miúda que mais valia andar com um cartaz a dizer que colecciona DSTs. Por este andar, devem faltar-lhe poucas para acabar a caderneta.

Houve concertos bons, houve surpresas que valeram a pena. E, por exemplo, estava à espera que Pitbull fosse mau, mas por acaso não foi. Foi péssimo, foi abominável, os meus ouvidos sangraram e acho que ainda tive um princípio de AVC.

De resto, a parte do campismo foi comer atum com pó e ramos de árvore e foi tomar o sempre sensual banho em conjunto cheio de miúdas giras em biquini, sendo que muitas fazem de propósito e lavam-se como se estivessem num anúncio da Herbal Essences. E foi também acordar todos os dias na tenda, após 3 horas de sono em cima de calhaus, ou com um atrasado mental a bater com os tachos ou com os 67 graus que fazem à sombra. Já não tenho vida para isto.

No último dia, mandei tudo ao ar e fui a Odeceixe comer marisco e beber vinho bom. Eu a brincar aos riquinhos.

Já dei tudo o que tinha a dar ao Sudoeste. Deixei lá vários bocados do meu fígado e do meu cérebro. Até sempre e até nunca Sudoeste, foi um prazer.


Nota: as miúdas da foto são grandes amigas minhas e eu não queria nada ser violado por elas (antes que mandem bocas). Mas, tal como pedi antes de ir de férias, certificaram-se que eu andava sempre de cerveja na mão.



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